sábado, 30 de janeiro de 2010

Jornal do Comércio Porto Alegre - Guga e eu falando sobre o NRF - Preocupação ambiental é tendência mercadológica na NRF

Preocupação ambiental é tendência mercadológica na NRF

Edmour Saiani e Gustavo Schifino anunciaram os resultados do evento em entrevista coletiva, realizad Foto: Fredy Vieira/JC

A preocupação com o meio ambiente e as formas de combater o processo de destruição do planeta chegaram com força total nos debates da 99ª NRF, o maior evento de varejo do mundo, que ocorreu no início de janeiro, em Nova Iorque. O que antes era apenas "papo de ambientalista" virou tendência entre os mais renomados consultores para o ano que se inicia. "Hoje, em Nova Iorque, se você quer ter uma empresa alinhada com a modernidade e com o que o consumidor pensa, tem que ter um conceito verde nos seus produtos, na sua cadeia de fornecedores e na gestão", explica Gustavo Schifino, vice-presidente da CDL Porto Alegre e que participou do evento na Big Apple ao lado dos consultores Adir Ribeiro, da Praxis Education, e Edmour Saiani, da Ponto de Referência. Nesta terça-feira, dia 26 de janeiro, os três apresentam o conteúdo da NRF para os associados da CDL Porto Alegre, no Almoço do Varejo.

Para Saiani, pensar em sustentabilidade ambiental é mais que uma tendência, é uma pendência que os varejistas devem concluir este ano. "Tem que fazer alguma coisa. Qualquer coisa. E não fique falando que faz. Seu cliente vai perceber e vai até dar a vocês o reconhecimento maior que ele pode dar: um elogio", ensina. Aqui vale repensar a fonte de energia usada na loja, ampliar as ações de reciclagem de lixo, incentivar funcionários e fornecedores a adotarem uma postura mais sustentável e, quem sabe, construir uma sede totalmente correta ambientalmente.

Outra tendência, que de tão falada, já se tornou um clichê é: conhecer o cliente. Mas a proposta da NRF deste ano foi aprofundar a intimidade com os consumidores da geração Y. Jovens nascidos a partir de 1980 e que representam um novo jeito de ver e entender o mundo. Eles não só compram diferente como influenciam seus pais comprarem diferente. "Para atender esses clientes, a loja LittleMiss Matched, de Nova Iorque, faz pares de meias com 3 meias para quem não quer combinar nada com nada", exemplifica Saiani.

Com o otimismo voltando entre os empresários, após a crise do ano passado, o encontro internacional também teve espaço para previsões para os próximos anos no varejo. A responsável pelos apontamentos foi a Deloitte, reconhecida especialista em análises para o segmento. Entre as certezas para o futuro está a transformação do consumidor em um cliente mais informado e, por isso, mais seletivo. O objetivo dele será gastar cada vez melhor o seu dinheiro. Na mesma linha, o mercado de luxo também passará por mudanças: apenas os mais ricos terão acesso aos produtos, o que fará toda a indústria repensar produtos e estratégias de marketing. No cenário internacional, a expectativa é que empresas americanas, ainda sofrendo impactos da crise, invistam em outros países para continuarem sua expansão. E a última grande receita para o futuro é apostar em rede sociais - as únicas ferramentas capazes de impactar esse novo cliente que se desenha para o varejo. "É o que chamamos de fim da paixão platônica: o cliente ama a marca e, agora, a marca tem que amar o cliente também", avisa o vice-presidente da CDL.

Para as pequenas e médias empresas, o ensinamento da NFR 2010 vai além: dê importância às pessoas que trabalham diretamente no atendimento da loja. "É no salão de vendas que as coisas acontecem e são essas pessoas de frente que tem o conhecimento do que o cliente quer. Faça uma visita na sua loja usando o mesmo uniforme do atendimento e veja a riqueza de ideias que você possui", conclui Schifino.

Posted via email from edsaiani's posterous

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