quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Einstein x TAM – o nobre e o pobre em atendimento

Quando a gente ajuda empresas a se tornarem mais competentes em atendimento, fica muito na pele analisar quem faz atendimento bem e quem finge que faz.

Passei por duas experiências recentes que queria comentar no blog.

Uma nobre e outra pobre.

A nobre

20 dias no Hospital Einstein fazendo radioterapia me dão o direito de julgar o serviço recebido.

No total devem ter sido uns 300 pontos de contato.

Desde o pessoal do estacionamento, recepção, seguranças, recepcionistas, enfermeiras, pessoal do restaurante, voluntárias e médicos.

Tudo ocorreu à beira da perfeição.

Cada aplicação de radio feita com a mais acurada precisão, afinal fui lá porque o prometido era que a máquina do Einstein atirava melhor que as máquinas do Rio e o risco de alguma seqüela nas coronárias poderia ocorrer se eu fizesse a radio no Rio.

Gentileza por todos os poros.

De todos com todos. Pra quem não sabe o Einstein faz coisas sociais que permite que pessoas carentes freqüentem o hospital. E todos são tratados com uma nobreza que dá gosto.

Quando algum atraso ocorre as informações fluem rápida e verdadeiramente.

Sensação do cliente: auto-estima apesar do câncer, lá em cima. Não vou comentar sobre o preço parcelado em 6 vezes que pude pagar até tranquilamente por não ter plano que cobrisse o Einstein. Nobre e pagável, quer melhor?

A pobre

Vôo da TAM Rio NY.

Promessa de passar por São Paulo sem trocar de avião.

Ledo engano.

O vôo saiu do Rio duas horas atrasado. Problemas na pressão dos pneus. Meio que um pit stop. Mas daqueles do Rubinho. Que demoram e não têm muita justificativa.

E quando chegamos em Sampa, sem nenhuma explicação e num tom de voz de quem estava falando com gado ou coisa parecida, um funcionário “comprometido” como eles gostam de se dizer nos disse que o vôo para NY já tinha saído e que nos dirigíssemos para o hotel. Nos seria dada a chance de ir para NY à noite. Santiago à tarde, Lima acho que amanhã.

Falei que estava saindo de uma radioterapia e não tinha dormido direito e perderia uma noite de sono a mais. Se lixaram. Ainda liguei para o Fale com o Presidente. Todos insensíveis. Um funcionário Adalberto ainda nos ajudou no meio do caminho.

Sensação do cliente: apesar de estar pagando a nota que custa voar por empresas nacionais me senti o último dos seres humanos. Ainda fui imbecil de escolher a TAM ao invés da American porque achei que seria melhor atendido. Inferior, impotente e mau escolhedor.

Não dá para questionar: Einstein é melhor que Santos Dumont. Pelo menos na batalha que disputou a TAM, empresa que aterrissa em atendimento há anos e se equipara ao lixo aéreo que anda por aí. Aliás, nos últimos anos virou benchmark de como uma companhia que perde o seu líder perde tudo o que estava ligado a ele. Honra, vergonha na cara, competência, que mais?

3 comentários:

  1. Boa Edmour, essa TAM tá demais mesmo! Na última vez que usei a TAM pedi um café e a criatura me disse que infelizmente a empresa não oferece mais café nos vôos e que eu deveria fazer uma reclamação no site deles porque a empresa não ouve mais seus funcionários. A própria funcionária motivando o cliente a fazer reclamação, bacana isso né? kkkk

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  2. [...] Construindo Serviços Campões, afinal não há outra saída! Frederico Alecrim Há quanto tempo se fala em era dos serviços, atendimento como diferencial, etc.?  Há muito tempo, sem dúvida…  Mas quando saimos por aí, como meros Clientes, o que encontramos na maioria das vezes????Isso mesmo!  atendimento mais ou menos ou morno já é bom demais, concorda?  Mas, encontramos também um monte de atendimento ruim mesmo, daqueles que dá vontade de gritar pra todo mundo ouvir!!!  Olha essse post do Edmour Saiani em seu blog: Einstein X TAM [...]

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