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domingo, 16 de março de 2014
2014 - O ANO DA EXPLOSÃO DA VERDADE NA ECONOMIA BRASILEIRA - NUA, CRUA E NÃO TÃO BOA ASSIM... ALIÁS, MUITO RUIM. Essa conversa não é de nenhum jornalista famoso. É minha opinião. Eu aposto... e estou disposto a ouvir opiniões contrárias... pelo amor de Deus... Me retrato assim que alguém me provar o contrário. Sou um dos caras mais otimistas da face da terra. Mas chega de mentir e ouvir mentiras. O mercado brasileiro está muito ruim. Numa conversa com o Shiba, competentíssimo e querido dono da China in Box, ano passado, ele me perguntava o que eu achava que seria 2014. Eu disse, dentro da minha visão de 3 décadas acompanhando o mercado - MUITO RUIM! E aconselhei que ele se preparasse para isso. Se eu estivesse sendo pessimista, ok, ele estaria tão bem preparado que teria muito sucesso. Em ano de crise, quem está bem, cresce duplo dígito. O Cliente fica mais seletivo. Só compra de que é muito competente. Não deu outra. O mercado está muito ruim. Ano retrasado na NRF, os desavisados de plantão só falavam bem do Brasil. Ano passado não se falou nada. Esse ano só se falou mal. Quem se preocupava com os varejistas internacionais vindo pra cá passaram a se preocupar em como - sem eles que não vieram - continuariam vivos. Nunca antes na história desse país que eu amo houve um como vai ser 2014. Não é só aqui. Só pra gente lembrar: nunca houve tantos fechamentos de lojas nos Estados Unidos. E de shoppings. Depois de tanto insistir achando que o mercado iria se recuperar, o varejo americano resolveu se ajustar para o novo patamar de consumo e o novo tipo de consumidor. Mas a Uniqlo, competente que só, continua crescendo. A Zara idem. Muitas lojas fecharam por falta de clientes. Outras - como a Staples - porque o cliente mudou de canal, ou parou de consumir o que estavam vendendo. Quando todos os fatores convergem nem a Blockbuster se livra do pior. A história da economia do Brasil vai contar o ano de 2014 como um ano negro. Motivos? Inúmeros. Fora não se ter feito nada macroeconomicamente falando nos últimos 5 anos, ou pior - o que foi feito foi feito errado, tivemos ou teremos: Carnaval atrasado, abril com cara de fevereiro de tanto feriado emendado, Copa e eleições sem a menor perspectiva de necessidade de investimento no consumo para conquistar o eleitor. E, mesmo se tivesse, não há dinheiro. Mais do que isso? A expectativa do consumidor. Realista. Muito ruim. 35% dos brasileiros estão inadimplentes. Os eleitores do governo atual, sem tantos incentivos ao consumo, continuarão votando neles, mas sem poder comprar. Desfrutar dos 10 anos de sonho que vai virar pesadelo se não se fizer o que tem que ser feito. Pra agravar, os aluguéis chegando no limite da capacidade de qualquer varejista pagar por eles com venda declinante. Sem falar nos impostos que se estão cobrando para pagar os exageros que o governo tem que sustentar. Quem vai continuar vivo? Os competentes e diferentes e os grandes que têm reserva pra queimar. Mas o fechamento de lojas, a não renovação de contratos, a diminuição de abertura de lojas vai ser questão de tempo. Pouco. Acho que Deus existe e é muito brasileiro. Até o Papa Francisco admitiu. Apesar de tudo isso estamos em pleno emprego e que tais. Mas a verdade vai aparecer já já. O que fazer? Individualmente? Se prepare. Cuide das pessoas na sua empresa. Faça diferente. Coletivamente. Um movimento está florescendo nos Estados Unidos - Capitalismo Consciente. As marcas nele já perceberam que o Capitalismo selvagem acabou. Pode ser um caminho. As marcas que trabalham nesse movimento cresceram 10 vezes mais que as 500 maiores dos Estados Unidos. Politicamente? Eu rezo. Sei lá. Se Deus é brasileiro, talvez ele se compadeça de tanta bobagem, roubalheira e mentira que esse pessoal pratica. A verdade da política tem aparecido muito mais rapidamente que antes, mas quem manda consegue manipular as coisas e esconder a verdade. E não vai ser um Joaquim ou Beltrame que vão mudar o Brasil. Deus talvez. É pra ele que eu rezo. Todo dia. Vamuquivamu, desistir jamais.
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