sábado, 20 de fevereiro de 2010

Texto muito bom de um cara que eu admiro muito casado com uma pessoa que eu admiro mais - o Paulo e a Cátia.

Para que uma pessoa cresça, evolua e se aperfeiçoe constantemente, precisa
aprender a ouvir. Algumas pessoas pensam que para ouvir basta silenciar e
escutar os sons que chegam, sem decifrá-los e entendê-los...
Na esfera profissional, também.
Tudo o que você mostra ser, saiu do que você pode ser. Mas quanto que você
ouve lá de dentro de você mesmo? Muitas pessoas se confundem, acreditando
que se conhecem e pensam que se ouvem. Acham mesmo que conhecem suas reações
e pensamentos. Suas angústias, insatisfações, mágoas estão dentro, enxergue você ou não,
estão se formando ali dentro, e construindo um alicerce que poderá um dia,
te destruir ou deixar marcas.
O problema é que uma pequena tristeza mal resolvida, ou uma angústia
mascarada se transforma em um vendaval futuro de emoções incompreendidas,
que vão se apoiar em novos relacionamentos, religiosidade excessiva etc.
Você quer se agarrar em alguma coisa. É o momento onde você sente uma
tristeza que não sabe de onde vem, não tem nem vontade de sair de casa,
trabalhar, quanto mais se aperfeiçoar. Exemplo: excesso de técnicas; cursos;
treinamentos, não farão de você um profissional mais competente e bem
sucedido, caso você não saiba como aplicá-lo.
Nosso corpo nos fala a todo o momento, por isso você precisa saber ouvir, ou
seja, entendê-lo.
Conheço um cara que está sempre bem humorado, brinca sobre tudo e com todos,
quem o conhece acredita que é uma pessoa muito bem resolvida, mas, em um
determinado momento, ele se confessou estar sofrendo de depressão… mas como?
Suas reações ainda eram as mesmas, o "bom humor" se mantinha; então que
depressão era essa? Era a silenciosa, escondida e mascarada de todos, que só
ele a conhecia em seus momentos solitários, não era perceptível a todos, mas
a ele sim. Era o que lhe trazia problemas e dificuldades, inclusive, em
relação ao trabalho. Quem é esse cara? EU... Sim... Eu mesmo. Eu já passei
por isso.
O reverso da moeda é a ausência de emoções, a frieza, a racionalidade
excessiva. Para conviver bem no trabalho, as duas faces implicam em um
profissional incompleto, o que guarda problemas que em um ou outro momento
se extravasarão, ou o que não tem sentimentos, pisará nas pessoas, sem medir
conseqüências.
O "cara frio" não estabelece vínculos… se ele não se vincula a parentes,
famílias, pessoas, por que lutaria pela sua empresa e faria de tudo para que
"todos" vencessem? Diferentemente daquele que "se ouve".
Muitas vezes os dois têm a mesma origem… o excesso de mágoas e problemas mal
resolvidos. Em uma pessoa, eles caminham para um dia extravasar, somatizando
as dificuldades e vivendo cheio de dores e dificuldades, na outra, a torna
fria, insensível, fazendo com que assim não sinta os problemas e não precise
lidar com eles.
É de extrema importância que você possa refletir para que a partir de uma
consciência maior de sua realidade, o "todo" faça sentido. Seus negócios,
sua empresa, seu trabalho, suas ações, seu capital, suas escolhas. Tudo
interage com a tua realidade interna, porque isso parte de você. Por que ter
um trabalho melhor? Por que ganhar mais? Por que determinada carreira? Nada
tem valor se você não souber aproveitar e claro, só se sabe aproveitar
quando se conhece o que se ganha. Precisamos aprender a ouvir o nosso
interior.
Acredite nesses meus cabelos grisalhos... Estude, aperfeiçoe, mas antes,
aprenda a escutar todos os sons e movimentos que a sua vida faz.
Abs.
Paulo - marido da Cátia - meu braço direito, esquerdo, etc...
paulo@spinit.com.br

Posted via email from edsaiani's posterous

Um comentário:

  1. Olá, Edmour.

    Primeiramente, eu gostaria de parabenizá-lo, antes que eu me esqueça, pela palestra feita nos 10 anos da ESPM JR em 2009, empresa da qual eu faço parte. Os aplausos foram merecidos.
    Hoje, buscando uma leitura prévia para a aula de Plano de Marketing na ESPM, estive procurando por casos de empresas que tiveram que reposicionar a marca ou produtos e me lembrei da Mesbla.
    Lendo uma reportagem de junho de 1999, do Jornal do Commercio do Rio de Janeiro, descobri que você foi diretor da Mesbla entre 91 e 94. Na mesma reportagem, alguns consultores apontavam medidas para salvar a empresa da situação em que se encontrava. A sua sugestão foi de que a Mesbla estabelecesse como público-alvo a "mulher moderna que trabalha fora e quer comodidade em suas compras".
    Agora, após tantos anos, a Mesbla surge exatamente com essa proposta, mas no mundo virtual: "A loja da mulher pontocom". Fiquei curioso e gostaria de saber se isso é apenas uma grande coincidência ou se você faz parte desse novo projeto. Acho que a Mesbla vale um post no blog (perdoe-me se ele já existe).

    Aliás, parabéns pelo blog. Parabéns também ao Paulo pelo texo. Na parte em que ele pergunta "quem é esse cara?" minha resposta foi "eu mesmo, eu já passei por isso" antes mesmo de ver a sequência. Creio que hoje eu consiga escutar melhor os sons que a vida faz.

    Aproveito pra deixar um abraço pro meu amigo Guiso, grande rubro-negro.


    Saudações,
    Glauco Madeira
    Coordenador de pesquisa - ESPM JR e fã das atitudes incrivelmente diferentes do usual.

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