O ambiente das empresas não tem nada a ver com a verdadeira razão pela qual ela deveria ter sido criada que é a famosa, mas não praticada, razão social. As empresas deveriam existir para garantir que quem trabalha nelas tivesse orgulho de trabalhar e produzir porque acharam que vale a pena. Não porque são mandados, mas porque se sentem tão bem que retribuem com muito carinho e suor. Mas não é assim. O fim – sem querer fazer trocadilho – das empresas de ½ ambiente é lucro, resultado e retorno rápido de investimento. Nesse “mindset” como a galera adora dizer, todos acabam dirigindo seus julgamentos e esforços no lucro pelo lucro: o que vale é o dinheiro e o resto que se exploda. Isso cria 1/2 ambiente de verdade. Não inteiro. Todo mundo então parte para os controles, controles, controles, controles. Controle pra ver se a pessoa gerou o número que devia. Não ações de ajudar as pessoas a quererem fazer o número. Os líderes de ½ ambiente não confiam que as pessoas possam ter vontade própria, auto-gestão. Então se põem a mandar, mandar, mandar.
Como resolver isso? Aí começam os paliativos, os modismos para tentar resolver o problema. Ao invés de se encarar de frente, com liderança de verdade, começa-se a dar voltas, usar subterfúgios para tentar melhorar os indicadores. Para medir os indicadores: pesquisa de clima de empresa. Que cá pra nós é a tentativa mais furada de melhorar. Me engana that I like total. Os caras respondem a uma pesquisa de um jeito que mascara a verdade dos fatos. Claro, sempre se tira alguma conclusão: o departamento A tem clima melhor que o B. Criam-se indicadores. Números para falar de sentimentos. E ao final, cada pecador, para pagar a má ação que gerou o clima ruim, tem que cumprir a penitência de olhar para os números da pesquisa de clima e ajoelhar. A grande verdade é que clima na empresa não se mede por indicadores, e não se conserta com pesquisa. Ele é retratado por sorrisos verdadeiros, olhos que brilham e gente que elogia generosamente a empresa onde trabalha para as pessoas mais íntimas. E melhorado com liderança de verdade. Gente que gosta de gente mesmo quando as pessoas tenham problema. Esse é o componente fundamental de Ecologia Empresarial. Que por sua vez é a ciência que prega que quem gera lucro é gente. E se gente não for respeitada e bem tratada quando merecer, muda de emprego, atende mal, trata mal o colega, não tem ideias jamais, rouba, não duvide, rouba. Como diria nosso nobre parlamentar: tá se lixando. Você é um bom líder? Ou ½ líder? Faça a sua pesquisa de clima de verdade. Pergunte para um cara da sua equipe que você respeita e aprenda com ele a melhorar. Se ele o elogiar, parabéns. Se ele o criticar, aprenda. Depois pergunte para o outro, o outro, o outro. Ao final você vai ser um ser melhor.
Comece agora. Já!
A gente não se cansa de ajudar quem trabalha no Brasil a melhorar, até ter o melhor atendimento do mundo. Assinado: Equipe da Ponto de Referência
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Deu no Financial Times - Homens são macacos, então não fique querendo gerenciar esses caras
Não é brincadeira não. O autor Charles Jacobs escreveu um livro falando sobre isso. Entre outras coisas ele fala do que significa na vida da gente esse papo de alguém sempre querer ser o macho alfa do seu espaço. Ou será que é todo mundo?
O nome do livro é Why Feedback Doesn’t Work and Other Surprising Lessons From the Latest Brain Science.
Instiga a gente a pensar na nossa liderança.
Clique, veja, use e abuse
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quinta-feira, 21 de maio de 2009
Imperdível - palestra do Sir Ken Robinson sobre educação e criatividade
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Do TED. lugar maravilhoso para se aprender ouvindo e vendo.
Do TED. lugar maravilhoso para se aprender ouvindo e vendo.
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Depressão empresarial – a cura!
O mal do século
Mais do que a gripe ex-suína ou a crise do mercado financeiro o mal do século das organizações foi detectado numa pesquisa do Boston Medical Group, aquele que cuida da impotência, não o Boston Consulting Group: - -
- Quanto mais a organização cresce, mais o dono ou diretor de qualquer negócio tem dificuldade de saber o que acontece lá na ponta.
A coisa mais comum que acontece nas empresas é alguém lá perto do consumidor dizer: será que o homem lá em cima não tá vendo isso que tá acontecendo? A verdade é nua e crua: Não tá! Os donos e diretores de empresas não sabem o que acontece de verdade. Sabia quando a empresa era pequena e eles abriram a primeira lojinha e conheciam todos os funcionários pelo nome. Ou nas grandes organizações na época saudosa do start up. Todo mundo tem saudades do start up. Nos dois casos, fase boa: todo mundo sabia de tudo.
Antes era firma, depois virou corporação. Antes era empregado, depois virou colaborador. Na firma o dono sabia de tudo. Na corporação e em cada unidade de negócio é diferente. Negócios grandes, consciência pequena, intimidade zero.
Admitindo a doença
Uma vez, falando com o Michel Levy, criatura maravilhosa que era vp comercial da TIM eu disse que, pra um certo projeto dar certo, ele teria que fazer como o Moisés: abrir o Mar Vermelho que existe entre quem manda e quem atende o cliente. Não sei se a figura de linguagem é mar vermelho ou buraco negro ou depressão, mas que é isso que mata os negócios ah, isso é.
O cliente “sofre” todas as táticas e estratégias que as empresas ardilosamente planejam e executam.
O que o Cliente “sofre”, a ponta sabe, se indigna contra, mas os que acham que sabem não descem do seu pedestal para ouvir as verdades da organização. O grande e maior problema é que enquanto os problemas não se resolvem, o Cliente experimenta o que a empresa faz, e quando não gosta, cai fora.
Então vamos entender quem sabe o que: quem está na ponta sabe tudo. Quem está no meio sabe, mas na grande maioria das vezes, esconde de quem deveria saber e não toma as medidas para melhorar. E quem está na matriz muitas vezes prefere não saber. Afinal, quase tudo que tem que ser melhorado é coisa da matriz. E dá trabalho. Então fiquemos naquele me engana que eu gosto.
Os caras que estão em cima, que mandam, não se dão conta dessa história e acabam gastando o tempo em coisas irrelevantes para o negócio. E não vão ouvir os que sabem, fazem, pensam, poderiam ajudar, mas não o fazem porque muitas vezes não são chamados a opinar. Isso causa o que achei bom chamar de depressão empresarial.
Da depressão ao ânimo
Depressão na vida real é falta de sinapse entre os neurônios. Na empresa a depressão é a falta de comunicação entre duas baias. A companhia do futuro é aquela em que todos ouvem todos. Como? Ouvindo o do lado, que ouve o do lado, que ouve o do lado. Os caras hoje em dia, ao invés de levantar da cadeira, mandam sms pro do lado. Essa onda de sinapses recompostas na empresa ajuda a fazer todo mundo contribuir para que o outro se sinta no mínimo ouvido – o que já seria precioso em qualquer comunidade – até na família da gente. Mas o maior produto é que os problemas que estão acumulados vão se desfazendo, sumindo quase por milagre, só porque quem falou se aliviou e quem ouviu tomou consciência daquilo que o Cliente sofre.
Tá na hora das corporações pararem com a imbecilidade de dividir a empresa entre quem faz e quem pensa. Já era hora de saber: todo mundo faz e todo mundo pensa. Se a sua empresa não faz isso, vai rolar aquela reunião de entrega de Rolex pra quem tem 30 anos de casa. O cara que ganhou o Rolex, lá da produção, poderia ser do call center, é chamado a falar: - Discurso! Discurso! Encorajado pelo pleito, ele fala.
- O que eu queria dizer? Bom o que eu queria dizer é que a empresa está me dando um adorno para a única parte de mim que eu usei o tempo todo aqui. O braço. Eu tinha tantas idéias e tantas informações na minha cabeça e nunca me perguntaram ou me deixaram falar o que eu pensava. Eu queria ter ganho uma coroa!
Mais do que a gripe ex-suína ou a crise do mercado financeiro o mal do século das organizações foi detectado numa pesquisa do Boston Medical Group, aquele que cuida da impotência, não o Boston Consulting Group: - -
- Quanto mais a organização cresce, mais o dono ou diretor de qualquer negócio tem dificuldade de saber o que acontece lá na ponta.
A coisa mais comum que acontece nas empresas é alguém lá perto do consumidor dizer: será que o homem lá em cima não tá vendo isso que tá acontecendo? A verdade é nua e crua: Não tá! Os donos e diretores de empresas não sabem o que acontece de verdade. Sabia quando a empresa era pequena e eles abriram a primeira lojinha e conheciam todos os funcionários pelo nome. Ou nas grandes organizações na época saudosa do start up. Todo mundo tem saudades do start up. Nos dois casos, fase boa: todo mundo sabia de tudo.
Antes era firma, depois virou corporação. Antes era empregado, depois virou colaborador. Na firma o dono sabia de tudo. Na corporação e em cada unidade de negócio é diferente. Negócios grandes, consciência pequena, intimidade zero.
Admitindo a doença
Uma vez, falando com o Michel Levy, criatura maravilhosa que era vp comercial da TIM eu disse que, pra um certo projeto dar certo, ele teria que fazer como o Moisés: abrir o Mar Vermelho que existe entre quem manda e quem atende o cliente. Não sei se a figura de linguagem é mar vermelho ou buraco negro ou depressão, mas que é isso que mata os negócios ah, isso é.
O cliente “sofre” todas as táticas e estratégias que as empresas ardilosamente planejam e executam.
O que o Cliente “sofre”, a ponta sabe, se indigna contra, mas os que acham que sabem não descem do seu pedestal para ouvir as verdades da organização. O grande e maior problema é que enquanto os problemas não se resolvem, o Cliente experimenta o que a empresa faz, e quando não gosta, cai fora.
Então vamos entender quem sabe o que: quem está na ponta sabe tudo. Quem está no meio sabe, mas na grande maioria das vezes, esconde de quem deveria saber e não toma as medidas para melhorar. E quem está na matriz muitas vezes prefere não saber. Afinal, quase tudo que tem que ser melhorado é coisa da matriz. E dá trabalho. Então fiquemos naquele me engana que eu gosto.
Os caras que estão em cima, que mandam, não se dão conta dessa história e acabam gastando o tempo em coisas irrelevantes para o negócio. E não vão ouvir os que sabem, fazem, pensam, poderiam ajudar, mas não o fazem porque muitas vezes não são chamados a opinar. Isso causa o que achei bom chamar de depressão empresarial.
Da depressão ao ânimo
Depressão na vida real é falta de sinapse entre os neurônios. Na empresa a depressão é a falta de comunicação entre duas baias. A companhia do futuro é aquela em que todos ouvem todos. Como? Ouvindo o do lado, que ouve o do lado, que ouve o do lado. Os caras hoje em dia, ao invés de levantar da cadeira, mandam sms pro do lado. Essa onda de sinapses recompostas na empresa ajuda a fazer todo mundo contribuir para que o outro se sinta no mínimo ouvido – o que já seria precioso em qualquer comunidade – até na família da gente. Mas o maior produto é que os problemas que estão acumulados vão se desfazendo, sumindo quase por milagre, só porque quem falou se aliviou e quem ouviu tomou consciência daquilo que o Cliente sofre.
Tá na hora das corporações pararem com a imbecilidade de dividir a empresa entre quem faz e quem pensa. Já era hora de saber: todo mundo faz e todo mundo pensa. Se a sua empresa não faz isso, vai rolar aquela reunião de entrega de Rolex pra quem tem 30 anos de casa. O cara que ganhou o Rolex, lá da produção, poderia ser do call center, é chamado a falar: - Discurso! Discurso! Encorajado pelo pleito, ele fala.
- O que eu queria dizer? Bom o que eu queria dizer é que a empresa está me dando um adorno para a única parte de mim que eu usei o tempo todo aqui. O braço. Eu tinha tantas idéias e tantas informações na minha cabeça e nunca me perguntaram ou me deixaram falar o que eu pensava. Eu queria ter ganho uma coroa!
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Onde trabalhar? A decisão mais importante da sua vida
Trabalhar? Ok, mas onde?
A dúvida mais eterna dos dias de hoje é se o lugar onde estou trabalhando é onde eu deveria estar trabalhando.
É disso que resolvi falar aqui.
Nada muito refinado. Coisas que saíram assim, fluidas e liberadas... se discordar, espero que sim, comente... o texto vai melhorar a cada comentário...
Tive essa dúvida até 15 anos atrás e já resolvi
O lugar onde mais trabalhei foi a minha empresa. Amo trabalhar nela. De verdade. Pra localizar vocês em tempo e espaço, tô com 54 anos.
Muitos anos atrás pensei numa coisa, escrevi e falei: nossos avós queriam que nossos pais trabalhassem no Banco do Brasil. Nossos pais que nós trabalhássemos numa multinacional e nós queremos que os nossos filhos trabalhem em algum lugar ou sejam felizes? Eu escolhi ser feliz.
Eu trabalhei em estatal, multinacional, nacional grande, nacional familiar e na minha empresa.
Adorava trabalhar no CTA, no Instituto de Atividades Espaciais. A gente criava muito lá. Liberdade total. O salário baixou quedalivremente e eu tive que mudar de vida, fui pra Johnson & Johnson depois de uma passagem meteórica pela Kodak onde eu percebi rapidamente que seria muito infeliz.
Fui pras multinacionais, desisti porque nelas a criatividade era muito limitada.
Voei por nacionais grandes e consegui criar muito, construir mais e ajudar a gerar resultado e reputação.
Naquelas onde trabalhei não consegui conviver com os valores. Migrei para cargos de direção em empresas familiares médias. Fui muito feliz aí. Construindo, criando e gerando muitos resultados e reputação. O choque com os donos me revelou a verdade final. O dono te contrata para fazer as coisas que o negócio precisa mas isso se choca com o que ele pensa. Um head Hunter desses que andam por aí me perguntou se eu achava que devia contrariar o acionista. Eu achava que ele me pagava para fazer isso sempre que o negócio necessitasse. Dancei. Não era isso que eles queriam. Desisti delas.
Descobri que não era mais adequado às empresas. Ciclos de um ano e meio em cada uma em época que isso não era aceito me mostraram que o problema era eu. Criei a minha. E sou feliz.
Eu tô bem, e você?
Vê se eu to falando bobagem.
O mundo hoje se divide em quem trabalha em corporações e quem trabalha em empresas pequenas. Sejam elas as suas ou a do patrão.
Convivendo com pessoas de corporações aparecem claramente duas outras subdivisões. Os caras que vibram e muito com o que fazem e onde trabalham e os que estão querendo se matar por não saberem como sair daquela vida.
Na vida das empresas pequenas, aparecem as mesmas categorias. A diferença é a quantidade de quem tá bem e quem não está. Nas corporações a grande maioria não está bem. Nas empresas menores a grande maioria está melhor.
Onde você está?
Como você está se sentindo.
Meus conselhos, que obviamente não servem para qualquer pessoa, têm sido os que eu vou escrever aqui embaixo.
Dá uma olhada e vê se presta. Se prestar depois me dá um toque pra eu saber que não estou maluco beleza total.
O caminho das pedras
A primeira coisa é pensar se você quer continuar como está ou não. Se você é empregado o caminho para quem não está bem é achar outro emprego. Na sua empresa ou em outra. Se você não quer mais ser empregado, ou vai ter que abrir uma empresa que produza ou venda produtos ou serviços, tipo uma loja, ou vai ser consultor.
Se for consultor ou vai trabalhar por conta própria com a sua propriedade intelectual ou vai se associar a alguém que já tem propriedade intelectual e vai tentar não virar empregado de novo.
Como decidir? Primeiro eu bem empregado
Vou começar pensando em quem é empregado e quer continuar. Não interessa o nível. Vale pra todo mundo.
Comecemos então. Como estou no lugar que trabalho? Três coisas me ajudam a avaliar se estou bem onde trabalho: o ambiente, o aprendizado e o ganho. Se estou num ambiente de que gosto, onde estou aprendendo e ganhando o que acho justo, não há o que fazer. Fique aí. Não quieto, mas tentando manter ou melhorar o ambiente, tentando aprender cada vez mais e ganhar cada vez melhor. Para a empresa e para você. Se algum desses 3 fatores não está bacana, garanto que você já começou a procurar um novo emprego. O melhor lugar para se procurar um novo emprego é dentro da sua própria empresa. Pode ser que o ambiente fique ruim porque o chefe mudou, ou você parou de aprender ou acha que pode ganhar mais. Aí é procurar outro lugar na própria empresa. Tente. Se não der, currículo na praça.
Hoje mais fácil fazer isso. Só na internet já há milhares de sites para se colocar o currículo. Mas o melhor jeito mesmo é via conhecidos que te recomendem. Que gostem e admirem o teu trabalho.
Vá à luta. De preferência antes da paciência se esgotar. Sempre digo que a melhor hora para se pensar no próximo emprego é quando se está bem. Nessa hora qualquer um dá mais chances pra gente do que quando estamos desesperados à procura de uma tábua de salvação. Daí pra frente é encontrar o próximo. Se não encontrar ou melhor enquanto não encontrar, a lei que prevalece é do Vinícius de Moraes. Infinito enquanto dure. Não esmoreça em qualquer situação. Se você não gosta de onde está e não está feliz não afrouxe. Continue no maior pique. Senão quem vai perder é você. Não há maneiras de se vingar de ninguém porque você não achou um lugar melhor para trabalhar a tempo.
Agora vôo solo. Empregador
Abrir um negócio novo é tema de estudo de muita gente mundo afora. Empreendedorismo é a matéria mais fértil dos dias de hoje. Eu digo que o cara é empreeesário. 3e’s. Quem vai abrir um negócio vai ser parte empregado, parte empresário e parte empreendedor no dia a dia. A grande diferença da vida de um empregado para o de empregador é a incerteza da receita. O empregado tem a incerteza do emprego. O empregador começa todo mês devendo muito dinheiro e só ao longo do mês ele cria a adimplência. Claro, nem todo mês. Esse é o passo mais importante que o empreendedor tem que avaliar se consegue dar: viver com a incerteza. Eu demorei 40 e poucos anos para ter meu primeiro negócio. Um pet shop. Mas continuei trabalhando como empregado e a loja ficou nas mãos abençoadas da minha mulher que meio que nasceu empreendedora e nem liga de viver na incerteza do não salário.
Se você vai abrir um negócio desses que estamos falando você tem que pensar em coisas fundamentais e não mentir pra você mesmo. Primeiro, você gosta do assunto de que vai tratar? Senão vai se tornar um empresidiário. Refém da sua decisão. E pior, se você não gosta do seu negócio e acha que ele pode dar dinheiro porque o mercado é bom saiba que ele não vai dar dinheiro. A falta de vocação limita o ganho. Dinheiro é muito importante, claro. Você tem que ter dinheiro dividido em 4 terços. O primeiro terço é para instalar o negócio. O segundo para contratar pessoas para produzir os serviços e comprar produtos para vender. O terceiro é o capital de giro para os tempos de incerteza, que são piores no início do negócio, mas necessários o tempo todo. Para garantir a dose de coragem que o empreendedor tem que ter para investir e apostar. Negócios sem caixa e falta de inovação andam muito juntos. De braços, mãos e coração dados.
Ah, o quarto terço. Bom esse é pra guardar no bolso sempre que precisar rezar.
E consultor?
Aí vamos para o que parece mais simples, mas não é. Consultor tem de monte. Consultáveis, poucos. Pessoa
s que têm competência para aconselharem gente e ajudar gente a fazer coisa que não ela não sabe é outro papo. Não basta vocação. Tem que ter conhecimento, vivência, paciência e tolerância a incompetência. O seu Cliente é inerentemente incompetente naquilo para que ele o contrata. O consultor precisa saber que quase todos os seus trabalhos resultarão incompletos. Nada acaba sendo totalmente implementado.
Se você achou que quer ser consultável é o seu caminho, construa o modelo mental do que você vai ajudar as pessoas a aprenderem e implementarem. Se der, em uma única página. Ensine coisas diferentes ou de um jeito diferente do que todo mundo faz. E comece com as pessoas que confiaram em você quando era empregado. Fluxo de caixa, no caso de consultor é quantos meses de custo fixo você tem no bolso para agüentar o tempo que vai levar para o seu negócio decolar. E cá para nós, se você não tiver um pouco espírito de vendas, para ser mais claro, cara de pau de oferecer o seu trabalho, se junte com alguém que já faz consultoria e já sabe fazer.
Último toque. Se você acha que ainda não coroou sua carrreira nas corporações, se ainda pode crescer e fazer mais, esqueça ser consultor. Você vai se frustrar e querer voltar para lá já já.
A dúvida mais eterna dos dias de hoje é se o lugar onde estou trabalhando é onde eu deveria estar trabalhando.
É disso que resolvi falar aqui.
Nada muito refinado. Coisas que saíram assim, fluidas e liberadas... se discordar, espero que sim, comente... o texto vai melhorar a cada comentário...
Tive essa dúvida até 15 anos atrás e já resolvi
O lugar onde mais trabalhei foi a minha empresa. Amo trabalhar nela. De verdade. Pra localizar vocês em tempo e espaço, tô com 54 anos.
Muitos anos atrás pensei numa coisa, escrevi e falei: nossos avós queriam que nossos pais trabalhassem no Banco do Brasil. Nossos pais que nós trabalhássemos numa multinacional e nós queremos que os nossos filhos trabalhem em algum lugar ou sejam felizes? Eu escolhi ser feliz.
Eu trabalhei em estatal, multinacional, nacional grande, nacional familiar e na minha empresa.
Adorava trabalhar no CTA, no Instituto de Atividades Espaciais. A gente criava muito lá. Liberdade total. O salário baixou quedalivremente e eu tive que mudar de vida, fui pra Johnson & Johnson depois de uma passagem meteórica pela Kodak onde eu percebi rapidamente que seria muito infeliz.
Fui pras multinacionais, desisti porque nelas a criatividade era muito limitada.
Voei por nacionais grandes e consegui criar muito, construir mais e ajudar a gerar resultado e reputação.
Naquelas onde trabalhei não consegui conviver com os valores. Migrei para cargos de direção em empresas familiares médias. Fui muito feliz aí. Construindo, criando e gerando muitos resultados e reputação. O choque com os donos me revelou a verdade final. O dono te contrata para fazer as coisas que o negócio precisa mas isso se choca com o que ele pensa. Um head Hunter desses que andam por aí me perguntou se eu achava que devia contrariar o acionista. Eu achava que ele me pagava para fazer isso sempre que o negócio necessitasse. Dancei. Não era isso que eles queriam. Desisti delas.
Descobri que não era mais adequado às empresas. Ciclos de um ano e meio em cada uma em época que isso não era aceito me mostraram que o problema era eu. Criei a minha. E sou feliz.
Eu tô bem, e você?
Vê se eu to falando bobagem.
O mundo hoje se divide em quem trabalha em corporações e quem trabalha em empresas pequenas. Sejam elas as suas ou a do patrão.
Convivendo com pessoas de corporações aparecem claramente duas outras subdivisões. Os caras que vibram e muito com o que fazem e onde trabalham e os que estão querendo se matar por não saberem como sair daquela vida.
Na vida das empresas pequenas, aparecem as mesmas categorias. A diferença é a quantidade de quem tá bem e quem não está. Nas corporações a grande maioria não está bem. Nas empresas menores a grande maioria está melhor.
Onde você está?
Como você está se sentindo.
Meus conselhos, que obviamente não servem para qualquer pessoa, têm sido os que eu vou escrever aqui embaixo.
Dá uma olhada e vê se presta. Se prestar depois me dá um toque pra eu saber que não estou maluco beleza total.
O caminho das pedras
A primeira coisa é pensar se você quer continuar como está ou não. Se você é empregado o caminho para quem não está bem é achar outro emprego. Na sua empresa ou em outra. Se você não quer mais ser empregado, ou vai ter que abrir uma empresa que produza ou venda produtos ou serviços, tipo uma loja, ou vai ser consultor.
Se for consultor ou vai trabalhar por conta própria com a sua propriedade intelectual ou vai se associar a alguém que já tem propriedade intelectual e vai tentar não virar empregado de novo.
Como decidir? Primeiro eu bem empregado
Vou começar pensando em quem é empregado e quer continuar. Não interessa o nível. Vale pra todo mundo.
Comecemos então. Como estou no lugar que trabalho? Três coisas me ajudam a avaliar se estou bem onde trabalho: o ambiente, o aprendizado e o ganho. Se estou num ambiente de que gosto, onde estou aprendendo e ganhando o que acho justo, não há o que fazer. Fique aí. Não quieto, mas tentando manter ou melhorar o ambiente, tentando aprender cada vez mais e ganhar cada vez melhor. Para a empresa e para você. Se algum desses 3 fatores não está bacana, garanto que você já começou a procurar um novo emprego. O melhor lugar para se procurar um novo emprego é dentro da sua própria empresa. Pode ser que o ambiente fique ruim porque o chefe mudou, ou você parou de aprender ou acha que pode ganhar mais. Aí é procurar outro lugar na própria empresa. Tente. Se não der, currículo na praça.
Hoje mais fácil fazer isso. Só na internet já há milhares de sites para se colocar o currículo. Mas o melhor jeito mesmo é via conhecidos que te recomendem. Que gostem e admirem o teu trabalho.
Vá à luta. De preferência antes da paciência se esgotar. Sempre digo que a melhor hora para se pensar no próximo emprego é quando se está bem. Nessa hora qualquer um dá mais chances pra gente do que quando estamos desesperados à procura de uma tábua de salvação. Daí pra frente é encontrar o próximo. Se não encontrar ou melhor enquanto não encontrar, a lei que prevalece é do Vinícius de Moraes. Infinito enquanto dure. Não esmoreça em qualquer situação. Se você não gosta de onde está e não está feliz não afrouxe. Continue no maior pique. Senão quem vai perder é você. Não há maneiras de se vingar de ninguém porque você não achou um lugar melhor para trabalhar a tempo.
Agora vôo solo. Empregador
Abrir um negócio novo é tema de estudo de muita gente mundo afora. Empreendedorismo é a matéria mais fértil dos dias de hoje. Eu digo que o cara é empreeesário. 3e’s. Quem vai abrir um negócio vai ser parte empregado, parte empresário e parte empreendedor no dia a dia. A grande diferença da vida de um empregado para o de empregador é a incerteza da receita. O empregado tem a incerteza do emprego. O empregador começa todo mês devendo muito dinheiro e só ao longo do mês ele cria a adimplência. Claro, nem todo mês. Esse é o passo mais importante que o empreendedor tem que avaliar se consegue dar: viver com a incerteza. Eu demorei 40 e poucos anos para ter meu primeiro negócio. Um pet shop. Mas continuei trabalhando como empregado e a loja ficou nas mãos abençoadas da minha mulher que meio que nasceu empreendedora e nem liga de viver na incerteza do não salário.
Se você vai abrir um negócio desses que estamos falando você tem que pensar em coisas fundamentais e não mentir pra você mesmo. Primeiro, você gosta do assunto de que vai tratar? Senão vai se tornar um empresidiário. Refém da sua decisão. E pior, se você não gosta do seu negócio e acha que ele pode dar dinheiro porque o mercado é bom saiba que ele não vai dar dinheiro. A falta de vocação limita o ganho. Dinheiro é muito importante, claro. Você tem que ter dinheiro dividido em 4 terços. O primeiro terço é para instalar o negócio. O segundo para contratar pessoas para produzir os serviços e comprar produtos para vender. O terceiro é o capital de giro para os tempos de incerteza, que são piores no início do negócio, mas necessários o tempo todo. Para garantir a dose de coragem que o empreendedor tem que ter para investir e apostar. Negócios sem caixa e falta de inovação andam muito juntos. De braços, mãos e coração dados.
Ah, o quarto terço. Bom esse é pra guardar no bolso sempre que precisar rezar.
E consultor?
Aí vamos para o que parece mais simples, mas não é. Consultor tem de monte. Consultáveis, poucos. Pessoa
s que têm competência para aconselharem gente e ajudar gente a fazer coisa que não ela não sabe é outro papo. Não basta vocação. Tem que ter conhecimento, vivência, paciência e tolerância a incompetência. O seu Cliente é inerentemente incompetente naquilo para que ele o contrata. O consultor precisa saber que quase todos os seus trabalhos resultarão incompletos. Nada acaba sendo totalmente implementado.
Se você achou que quer ser consultável é o seu caminho, construa o modelo mental do que você vai ajudar as pessoas a aprenderem e implementarem. Se der, em uma única página. Ensine coisas diferentes ou de um jeito diferente do que todo mundo faz. E comece com as pessoas que confiaram em você quando era empregado. Fluxo de caixa, no caso de consultor é quantos meses de custo fixo você tem no bolso para agüentar o tempo que vai levar para o seu negócio decolar. E cá para nós, se você não tiver um pouco espírito de vendas, para ser mais claro, cara de pau de oferecer o seu trabalho, se junte com alguém que já faz consultoria e já sabe fazer.
Último toque. Se você acha que ainda não coroou sua carrreira nas corporações, se ainda pode crescer e fazer mais, esqueça ser consultor. Você vai se frustrar e querer voltar para lá já já.
2011 - o que vem depois da crise.... e o que faz você sair dela vivo e competente
Tentei aqui um livro palestra, formato diferente para falar do que as empresas competentes em construir resultado sustentável têm praticado ou têm que praticar para se dar bem no mercado e, literalmente rir da crise...
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Tendências de varejo - NRF 2009 - resumo do que vimos lá.
a Ponto de Referência traz para o Brasil todos os anos uma visão do que vem acontecendo no mundo do varejo e do que vai acontecer.
tendências e pendências.
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tendências e pendências.
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Tendências de varejo - NRF 2009 - a palestra que fiz lá
palestra que fiz para o NRF - Big Show em 2009.
visão do que marcas brasileiras estão fazendo de diferente para se manterem vivas, queridas e lucrativas através da ferramenta des-equalizador que a Ponto de Referência desenvolveu.
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visão do que marcas brasileiras estão fazendo de diferente para se manterem vivas, queridas e lucrativas através da ferramenta des-equalizador que a Ponto de Referência desenvolveu.
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