quarta-feira, 31 de março de 2010

Artigo muito bom de Robert Samuelson sobre a Geração y #geracaoy publicado no Estadão - Colaboração do meu amigo Ênio Lindbaum

Nos EUA, geração com idade inferior a 29 anos se depara com problemas econômicos e corre o risco de pagar pelos erros dos mais velhos

15 de março de 2010 |

Robert J. Samuelson - O Estadão de S.Paulo

O "conflito de gerações" persiste em um elemento básico da análise social e política americana. A noção de que circunstâncias particulares e as experiências de cada grupo bem-sucedido o imbui com percepções, crenças e valores distintos parece intuitivamente racional e atraente. É também lisonjeira. Numa cultura de mercado de massas, pertencer a um grupo distinto, mesmo que englobe muitos milhões, contribui para um sentido de identidade. Numa pesquisa Gallup, feita em 1969, 74% dos americanos acreditavam no conflito de gerações. Uma pesquisa realizada no ano passado indicou que, hoje, 79% acreditam nisso.

Entre 1969 e hoje, as gerações, é claro, mudaram. Naquela época nós tínhamos os baby boomers (hoje entre 46 e 64 anos), que se aliaram numa batalha contra as gerações da 2.ª Guerra Mundial e da Grande Depressão. Hoje, a chamada geração Y, ou geração da internet (aqueles com menos de 29 anos), e a geração X (entre 30 e 45 anos) competem com os boomers e os americanos com 65 anos ou mais. As fronteiras exatas entre as gerações são, de alguma maneira, arbitrárias, e outras diferenças individuais (como renda, religião, educação, geografia) também são mais importantes. Mas os contrastes entre elas ajudam a traçar as mudanças e a continuidade nos Estados Unidos.

Examinemos um estudo dos 50 milhões de jovens da geração Y realizado pelo Pew Research Center. O estudo descobriu alguns fatos surpreendentes e outros nem tanto. Entre os surpreendentes (para mim): quase dois quintos dos jovens que integram a geração Y usam tatuagem, em comparação com os da geração X, um terço deles, e apenas 15% na geração mais velha. O que não me surpreendeu: a geração Y é a primeira geração verdadeiramente digital. Três quartos dos jovens criaram um perfil no Facebook ou em algum outro site social. Somente metade da geração X e 30% dos baby boomers se interessam por isso. Um quinto dos jovens da geração Y postou vídeos deles próprios na internet, muito mais do que os da geração X (6%) ou a geração mais velha (2%).

Sob muitos aspectos, os jovens da geração Y expandem muito pouco as tendências sociais. Desde o fim do alistamento militar, nos anos 70, a prestação do serviço ficou mais rara. Apenas 2% da geração Y é veterana; numa idade similar, 13% da velha geração e 24% dos mais velhos serviram o Exército.

Cada geração mais jovem mostra mais abertura do ponto de vista racial e sexual. Metade dessa geração defende o casamento gay; entre os "baby boomers" e os ainda mais velhos, o apoio chega a um terço e um quarto, respectivamente. Só 5% da geração Y se opõe a casamentos inter-raciais, e entre os que têm mais de 65 anos, 26%.

O estudo do Pew Center indagou sobre o que é ter um casamento bem-sucedido. Mais de quatro quintos de todos os grupos de idade disseram ser muitíssimo importante. A crença em Deus é generalizada: atinge 64% dos jovens da geração Y e 73% daqueles com mais 30 anos. Existe um consenso sobre muitos valores, mesmo se os ideais (casamento estável, por exemplo) são com freqüência transgredidos.

Mas há uma tendência a se exagerar as generalizações, reduzir a importância da cultura nacional e ignorar as diferenças individuais. O estereótipo nos anos 60 dos baby boomers - um exemplo óbvio - como pessoas usuárias de droga, obcecadas por sexo, que desafiam a autoridade, libertinos anticapitalistas, foi derrubado. Mas, para os jovens de hoje, uma área tem muita importância: a economia. A violenta crise econômica atingiu duramente esses jovens. De acordo com o Pew Center, quase dois quintos daqueles entre 18 e 29 anos (37%) estão desempregados, "a mais alta porcentagem (...) em mais de três décadas".

Apenas 41% têm emprego em período integral, uma queda em relação aos 50% de 2006. Proporcionalmente, mais jovens dessa nova geração perderam recentemente seu emprego (10%) do que os da geração de mais de 30 (6%). Cerca de um terço dos entrevistados disse estar recebendo ajuda financeira da família, e 13% daqueles em idade entre 22 e 29 anos voltaram a viver com os pais.

Esses efeitos adversos devem perdurar. Um estudo freqüentemente citado, realizado pela economista Lisa Kahn, da Universidade Yale, concluiu que jovens formados em faculdade e que entram no mercado de trabalho onde a taxa de desemprego é alta recebem um salário menor, e isso pode durar duas décadas. Escrevendo na revista The Atlantic, Don Peck disse que muitos jovens da geração Y foram mimados, achando que têm direitos, e estão mal preparados para um "ambiente econômico difícil".

Não têm a persistência e imaginação para enfrentar uma situação e se sair bem.

Essa acusação é injusta. Pela minha experiência pessoal, esses jovens são aplicados, disciplinados e determinados diante de uma frustração. De qualquer maneira, mais noticias ruins podem estar à frente. À medida que os baby boomers se aposentam, o crescimento dos gastos federais com a Previdência Social, o Medicare e o Medicaid podem aumentar os impostos que os jovens terão de arcar e encolher outros programas do governo. Será mais difícil começar a desenvolver uma família.

Eles podem se tornar uma geração ingênua. Eles devem pagar pelos pecados econômicos dos mais velhos, particularmente o fracasso deles em antecipar os custos previsíveis da aposentadoria dos baby boomers.

O que leva a uma pergunta: em 2008, um em cada dois desses jovens votou em Barack Obama; nas pesquisas, eles dizem estar mais dispostos do que americanos mais idosos a um governo ativista e que interfira na economia. Mas seu ardor por Obama já está esfriando.

 

Posted via email from edsaiani's posterous

sábado, 20 de março de 2010

Por que não posso comprar só os canais que quero na NET? Qdo vou ver o canal Rural ou o alemão? Quero fazer um x nos q quero e só pagar por eles

Dica da minha amiga Simone Raskin CO2 emissions, birth & death rates by country, simulated real-time

TEDx Vila Madá não percam...

Imperdível 10 inovações que mudarão os negócios -"Financial Times" mapeia tendências de consumo e de gestão diante de um cenário que concilia o pós-crise a novas tecnologias

10 inovações que mudarão os negócios






Daniel Mihailescu - 2.mar.10/France Presse

Visitantes da feira de tecnologia CeBIT, em Hannover, na Alemanha, são retratados em tela que detecta, em tempo real, gênero, idade e humor dos passantes

A CRISE econômica que se alastrou pelo mundo no fim de 2008 e causou transtornos só superados, nos últimos cem anos, pelo crash de 1929 pôs em xeque dogmas de gestão. A obsessão pelo lucro, simbolizada por empresas como o Lehman Brothers, o uso insustentável de recursos naturais, materiais e humanos e mesmo a noção de que é preciso esconder os fracassos de uma companhia mostraram-se técnicas ineficientes, quando não prejudiciais, de administração.
Paralelamente, novos comportamentos, associados a tecnologias inovadoras nas áreas financeira, energética e computacional, sinalizam transformações profundas na maneira de fazer negócios em todo o planeta.
Esses fenômenos, alguns dos quais já perceptíveis, foram mapeados por colunistas e repórteres do diário britânico "Financial Times", que nestas páginas apresentam tendências que devem se disseminar até o final da próxima década.

- Computação em céu aberto

Portáteis serão como supercomputadores

DO "FINANCIAL TIMES"

O assunto quente do setor de tecnologia, nos últimos anos, vem sendo a ascensão da "computação em nuvem". Mas o que exatamente é esse novo desdobramento, e de que maneira influenciará as nossas vidas? São necessárias duas coisas para compreender a plataforma. A primeira se relaciona ao poder de processamento e de armazenagem de dados, que vem se transferindo de máquinas individuais para grandes centrais remotas de processamento de dados.
Isso permite que números sejam processados em escala industrial e que o poderio de um supercomputador seja aplicado a tarefas cotidianas: analisar os padrões de tráfego de uma cidade, por exemplo, e prever onde surgirão congestionamentos.
A segunda parte se relaciona aos bilhões de aparelhos pessoais inteligentes -por exemplo, netbooks e celulares inteligentes- capazes de se conectar a esse recurso centralizado de computação via internet. Isso significa que indivíduos (e não apenas empresas ou governos) poderão tirar vantagem dessas "nuvens" de informações.
Assim, para onde isso nos conduz? Duas previsões gerais surgem rapidamente. Uma é a de que oferecer tanto poder de processamento e armazenagem a baixo custo resultará em novos avanços.
A ciência, por exemplo, poderia ser revolucionada, já que os pesquisadores ganhariam acesso a montanhas inimagináveis de dados e desenvolveriam maneiras de produzir referências cruzadas entre as diferentes disciplinas.
A segunda previsão é a de que os aparelhos pessoais de computação se tornarão superinteligentes, à medida que puderem aproveitar a inteligência da "nuvem". O Google já está falando sobre adicionar tradução de voz instantânea aos recursos de seus celulares. As grandes mudanças que esses avanços da computação representarão podem não estar concluídas ao final da próxima década, mas estarão a caminho.

RICHARD WATERS, chefe da sucursal de San Francisco

2 - Trabalhar por mais tempo

Aposentadoria dá lugar à gestão de empresas

DO "FINANCIAL TIMES"

A próxima década verá pessoas mais velhas trabalhando por mais tempo. Não surpreende: além da elevação da idade mínima de aposentadoria pelos governos do Reino Unido e da Grécia, as baixas taxas de juros e a morte das aposentadorias de valor fixo significam que muita gente não terá dinheiro bastante, aos 65 anos, para desfrutar de lazer nos anos de ocaso. Essas pessoas terão de trabalhar para bancar suas contas.
O que considero interessante -e pode mudar o mundo dos negócios- é o fato de que elas talvez prefiram trabalhar por conta própria. Um recente estudo conduzido pela seguradora Standard Life sugeriu que um em cada seis britânicos dos 46 aos 65 anos planeja abrir um negócio novo, em lugar de se aposentar.
Isso representa sete vezes mais potenciais empresários do que na geração precedente e pode significar o surgimento de milhões de novas empresas no Reino Unido.
A experiência, os contatos e a sabedoria dessas pessoas serão suas armas secretas. Mas é igualmente provável que elas tenham mais tempo e dinheiro a gastar do que a atual geração de empresários. Hoje, a idade típica em que uma pessoa abre sua empresa fica entre os 30 e os 45 anos. Um aspecto inconveniente desse fato é que, nessa idade, as pessoas também costumam ter filhos pequenos e hipotecas a pagar.
Os empresários mais velhos, enquanto isso, estarão em muitos casos próximos de liquidar essas responsabilidades, bem como ávidos por encontrar maneiras de se manter em contato com pessoas de todas as gerações, como clientes, parceiros, fornecedores ou funcionários. Prevejo que muitas companhias importantes serão criadas nos próximos anos. A geração de mais de 50 anos bem pode se tornar a maior responsável por acelerar a recuperação.

LUKE JOHNSON escreve uma coluna sobre empresários e dirige a Risk Capital Partners, uma empresa de

3 - A geração X chega ao topo

Após crise, geração X ganha espaço

DO "FINANCIAL TIMES"

No final dos anos 90, as regras usuais de senioridade no trabalho não pareciam se aplicar aos trabalhadores na casa dos 20 e começo dos 30 anos. O boom da internet transferiu poder a esses jovens -a geração X- e permitiu que seus líderes enriquecessem.
Mas o estouro da bolha da internet expôs a ilusão e forçou os jovens a aceitar papéis subalternos. O fim do castigo, porém, parece estar próximo. Hoje, com 30 ou 40 anos, muitos dos membros da geração X devem chegar ao apogeu de seu poderio profissional até 2020 -e sua falta de ideologia pode ser vantajosa diante dos desafios modernos.
Mas há um novo grupo que já tenta conquistar espaço. Confortáveis no uso de tecnologias digitais, os membros da geração Y não gostam de hierarquias. A crise prejudicou sua ascensão, mas a recuperação pode complicar a retomada da geração X.

ADAM JONES, repórter especial de empresas capital privado

4 - Energia mais inteligente

Novas tecnologias racionalizam a geração e o uso da eletricidade

DO "FINANCIAL TIMES"

Já estamos vendo algumas das maneiras pelas quais as fontes de energia mudarão nos próximos dez anos. Leitores inteligentes de eletricidade nos EUA, por exemplo, oferecem aos consumidores e às empresas de energia informações detalhadas sobre o seu uso e não só contam com o apoio do presidente Barack Obama como devem substituir os medidores "burros" convencionais.
Isso significa que uma pessoa em breve poderá saber quanta energia está sendo usada em sua casa e quanto dinheiro está sendo gasto, por meio de uma divisão aparelho a aparelho -o que permitirá que a iluminação e o aquecimento sejam ajustados para reduzir custos.
Eletrodomésticos inteligentes, enquanto isso, vão se comunicar com a rede elétrica. Assim, uma secadora de roupas pode se desligar nos horários de pico (e tarifa mais elevada) e ligar de novo quando o preço da eletricidade for mais baixo. As empresas de energia mesmo poderiam interferir ao reduzir um pouco o ar-condicionado no auge da demanda.
Também estamos vendo as vantagens dos diodos emissores de luz (LEDs) como substitutos das velhas lâmpadas incandescentes (e novas fluorescentes, que economizam mais energia). Enquanto as lâmpadas incandescentes geram calor para produzir luz, os LEDs a criam com movimentos de elétrons em chips de silício. A luz é mais natural, pode mudar de cor, pode ser mais precisa e pode ser atenuada ou intensificada sem dificuldade.
A próxima década verá as cidades substituírem sua iluminação pública por LEDs, que duram anos a mais e podem reduzir sua intensidade de forma inteligente quando não houver tráfego, minimizando o uso de energia e a poluição luminosa.
Já que 20% da demanda mundial de eletricidade se relaciona à iluminação, a capacidade dos LEDs para reduzir em 75% o uso de energia pode ter efeito dramático sobre as emissões de dióxido de carbono.
As fontes de energia também podem mudar, especialmente no que tange a aparelhos de pequeno porte. Energia gratuita pode ser capturada de fontes como o calor do corpo ou ondas de rádio de torres de telefonia móvel e Wi-Fi. Girar o controlador para ler um e-mail em um BlackBerry gerará energia suficiente para aumentar a duração da bateria.

CHRIS NUTTALL, correspondente de tecnologia

5 - A informação tem valor

Dogma do conteúdo gratuito perde força

DO "FINANCIAL TIMES"

Se existe uma ortodoxia dos últimos dez anos que o setor de mídia tem todos os motivos para amaldiçoar é aquela que surgiu em 1984, quando Stewart Brand declarou, em palestra na Hackers" Conference, que "a informação deseja ser livre".
As pessoas ainda discordam sobre o que ele quis dizer, mas a frase oferece uma capa de respeitabilidade intelectual a diversas coisas, da pirataria de música à ideia de que não pagar pelo acesso a notícias é traço imutável da cultura da web.
Quando as pessoas ainda falavam em "via expressa da informação", desdenhavam a ideia de que a estrada proposta precisasse de pedágios. A publicidade on-line supostamente cobriria os custos incorridos pelos donos da informação.
Mas o conteúdo grátis para todos erodiu os modelos de negócios das companhias de mídia e acarreta o risco de sobrecarga das redes de informação. Agora, os proprietários de conteúdo, de editoras de revistas a emissoras de TV imaginam por que teriam depositado toda a sua confiança em uma só fonte de receita, a publicidade.
É hora de relermos a citação completa de Brand: "Por um lado, a informação deseja ser dispendiosa, porque é muito valiosa. Por outro lado, ela deseja ser livre [ou gratuita], porque o custo de obtê-la não para de cair. Por isso, temos essas duas tendências em permanente combate".
Na primeira década digital do novo século, esse combate muitas vezes não aconteceu, mas agora o lema de que "a informação quer ser dispendiosa" vem ganhando força. As editoras pressionaram a Amazon.com a elevar os preços dos livros eletrônicos. A "economia dos aplicativos" criada pela Apple está permitindo que até mesmo sites gratuitos cobrem pelo acesso via iPods e iPads, e o "New York Times" está seguindo o exemplo de publicações especializadas como o "Financial Times" e o "Wall Street Journal" de cobrar pelo acesso on-line às suas notícias.
Para os consumidores que desfrutavam de todo esse conteúdo gratuitamente, isso parece ameaçador. Por outro lado, acabamos de passar uma década nos fartando de conteúdo excessivo e de muito baixo valor nutritivo. Talvez o conteúdo pago se prove mais denso. Quanto à máxima de Brand, é melhor que tentemos uma nova, na próxima década: o conteúdo quer ser valioso.

ANDREW EDGECLIFFE-JOHNSON, editor de mídia nos Estados Unidos

6 - Ganhando com o fracasso

Tentativa e erro viram técnica de negócios

DO "FINANCIAL TIMES"

O fracasso sempre foi parte fundamental da economia de mercado. Se os mercados funcionam, fazem-no porque novas ideias são constantemente tentadas. A maioria fracassa. As que encontram o sucesso podem causar o fracasso de ideias mais antigas.
Nos Estados Unidos, cerca de 10% das empresas existentes desaparecem a cada ano. Trata-se de percepção desconfortável -mas tentativa e erro podem enfim estar assumindo o papel que merecem como técnica de negócios, em lugar de serem vistos como um segredinho sujo do capitalismo.
Existem alguns sinais positivos. Stefan Thomke, da escola de administração de empresas da Universidade Harvard, argumenta que os avanços na computação tornaram possível conduzir experiências com novos produtos sem maiores dificuldades, com a tentativa de muitas ideias e a expectativa de grande número de fracassos.
Agora é fácil, por exemplo, experimentar mudanças no layout de um site, mostrando diferentes versões a diferentes usuários e acompanhando as reações em tempo real. O Google, enquanto isso, costuma lançar seus produtos novos com o rótulo "beta", ou experimental. E superastros do mundo acadêmico, tais como Stephen Levitt, o coautor de "Freakonomics", vêm fazendo palestras a executivos sobre o papel da experimentação no mundo dos negócios.
Também estamos começando a aprender mais sobre a psicologia de aprender com os erros. Richard Thaler, o economista comportamental que criou a Nudge, cunhou a frase "edição hedonista" para descrever nosso hábito de combinar pequenas derrotas a grandes vitórias, a fim de mascarar as dores das derrotas. Esconder os fracassos é humano, mas também significa não aprender com eles. Thaler e seus colegas chegaram a estudar o comportamento dos participantes em game shows televisivos. Ele constatou que as pessoas que faziam escolhas desafortunadas começavam a aceitar riscos insensatos, o que muitas vezes resultava em agravar perdas.
A crise nos conscientizou de que um sistema incapaz de tolerar certa dose de fracasso é muito perigoso. A ideia de que uma instituição fosse "grande demais para falir" costumava parecer reconfortante. Não é mais esse o caso.

TIM HARFORD, colunista e autor do livro "Undercover Economist"

7 - A cobiça não é tão boa

Obsessão pelo lucro pode quebrar empresas

DO "FINANCIAL TIMES"

Nos anos 80, o economista Al Rapaport capturou o espírito da era ao desenvolver um novo objetivo para as empresas: a maximização de valor para os acionistas. A medida das realizações de um executivo seria o retorno total conquistado pelos acionistas em seu mandato.
Bill Allen, o lendário líder da Boeing entre 1945 e 1968, descreveu o espírito de sua companhia assim: "Beber, respirar e dormir o mundo da aeronáutica". Por volta de 1998, o novo presidente da companhia, Phil Condit, dizia: "Vamos avançar para um ambiente cuja base é o valor e no qual o custo unitário, o retorno sobre o investimento e os retornos dos acionistas serão as medidas sob as quais seremos avaliados".
Isso aconteceu em múltiplos setores. Quando John Reed e Sandy Weill, que eram copresidentes do Citigroup no final dos anos 90, descreveram os propósitos do conglomerado recém-criado, Reed, banqueiro tradicionalista, declarou que "o modelo que tenho em mente é o de uma companhia global de serviços ao consumidor, que ajude a classe média com algo em que não foi bem servida". Weill, mais sintonizado no espírito do tempo, interrompeu: "Meu objetivo é aumentar o valor para os acionistas". Tudo isso terminaria mal.
Sob Allen, a Boeing conquistou a liderança do setor aeronáutico; sob Condit, a empresa não só perdeu sua liderança como se envolveu em escândalos.
Weill forçou a saída de Reed, mas se envolveu em problemas de reputação que abalaram a empresa. Em 2008, quase todo o valor do Citigroup para os acionistas foi destruído.
A Enron, paradigma do novo modelo, quebrou de forma espetacular em 2001. Em 2008, o colapso do Lehman Brothers, banco cujo foco obsessivo era o lucro, quase derrubou o sistema financeiro mundial. Essas duas quebras abriram e encerrarão a década com uma lição: concentração obsessiva nos lucros faz com que uma empresa corra o risco de perder a oportunidade de lucrar.
JOHN KAY, colunista

8 - Livrai-nos das contas

Internet agora muda a forma de lojas físicas

DO "FINANCIAL TIMES"

Da mesma forma que a chegada das prateleiras que permitiam self-service mudou a disposição física das lojas nos cem últimos anos, as compras on-line o farão no novo século. Já vimos o comércio via internet se tornar concorrente sério das lojas físicas. Agora ele fará com que mudem de forma. No Walmart, por exemplo, mais de 40% dos pedidos pelo site da cadeia de varejo nos EUA são enviados a uma loja local da rede para retirada, porque os clientes preferem evitar os custos e a incerteza de horários das entregas domiciliares.
A empresa, como resposta, está testando opções "drive-through" de retirada e alterando suas unidades de forma a instalar balcões de retirada. No Reino Unido, a rede de supermercados Tesco adotou arranjo semelhante (mas por enquanto sem "drive-through").
Em uma loja piloto perto de Chicago, chamada MyGofer, a Sears Holdings foi além, e 80% do espaço serve como armazém de estoque, com um quinto da área reservada a clientes que retiram compras ou usam terminais de computador para pedir o que desejam da loja.
Eis outra variante: o Kmart também está tentando persuadir outras redes de varejo a usar suas lojas como ponto central para retirada de pedidos feitos on-line. Alguns analistas do setor de varejo especulam que até mesmo a Amazon, que só opera on-line, poderia um dia estabelecer pontos de retirada.
A web também mudará os produtos presentes nas prateleiras. Um cliente que vá a uma loja com seu celular inteligente pode obter preços comparativos de lojas rivais -a menos que o produto em questão só esteja à venda naquela loja específica.
Assim, haverá mais pressão da parte do varejo por acordos seletivos com marcas líderes - ou pelo desenvolvimento de mais produtos com marca própria, em todas as categorias.

JONATHAN BIRCHAIL, correspondente de varejo nos Estados Unidos
9 - Fazer mais com menos

Concorrência força ganho de eficiência

DO "FINANCIAL TIMES"

O triunfo inevitável dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) se tornou quase um lugar-comum no mundo empresarial. Mesmo que alguns ovos exóticos estejam sendo contados antes que sejam chocados, a ameaça que representam está mudando o modo como as empresas pensam.
Com a concorrência, as empresas hoje dominantes terão de ser mais eficientes. É por isso que, ao longo dos próximos anos, será comum ouvir variações do seguinte lema: fazer mais com menos. Outro fator de estímulo será a sustentabilidade ambiental: produzir mais usando menos recursos.
Mas uma demanda permanente para que produzamos mais com menos pode se revelar prejudicial e resultar em um mundo de trabalho permanente, que por sua vez poderia afetar a qualidade do trabalho realizado. O ímpeto de fazer mais pode conter as sementes de sua própria derrota.

STEFAN STERN, repórter de gestão

10 - O hedge, agora pessoal

Temidas, inovações financeiras podem estimular o crescimento

DO "FINANCIAL TIMES"

Inovação financeira se tornou uma expressão obscena nos últimos meses, devido ao papel dos títulos complexos -pacotes de hipotecas e outras formas de passivo- na crise. Mas o segredo sujo é que, se as economias ocidentais desejam se recuperar devidamente, as verbas terão de vir dos mercados. E a concorrência por dinheiro será tamanha que alguns projetos devem se ver forçados a criar inovações a fim de atrair investidores.
Uma dessas inovações é a transferência de risco. Transação que vinha ganhando popularidade antes da crise, ela agora está de volta. Robert Schiller, professor de economia na Universidade Yale, publicou em 2003 um livro no qual propunha novos instrumentos financeiros para indivíduos que permitiriam que se protegessem contra os riscos que correm -fizessem hedge- por contratos negociados em Bolsa. Se você, por exemplo, estiver preocupado com a possibilidade de que a carreira que escolheu não vá oferecer o salário que planeja ter dentro de dez anos, poderia criar um contrato sob o qual receberia certa quantia caso sua renda naquela data for inferior a determinado patamar.
Os investidores se interessarão em apostar nesse tipo de coisa, diz Schiller. De fato, mercados como esses estão sendo criados para grandes organizações. Há, por exemplo, o mercado futuro das nevascas, sob o qual cidades ou empresas recebem dinheiro caso as tempestades de neve sejam piores que o esperado. No mês passado, um grupo de bancos, fundos de pensão e seguradoras anunciou que estava desenvolvendo um novo mercado para longevidade -o risco de que as pessoas vivam mais que o esperado.
Será que essa ideia não parece terrível, tendo em vista a situação em que os contratos de risco deixaram os bancos no passado recente? Schiller argumenta que a crise de crédito simplesmente demonstra que "muito mais trabalho precisa ser feito para democratizar as finanças. A crise ocorreu porque os princípios de gestão de risco financeiro não estavam sendo aplicados à mais ampla população possível".
Ou seja, o risco é para todos: empresas, governos e cidadãos agora podem rolar os dados nesse negócio arriscado.

JENNIFER HUGHES, correspondente sênior de mercados

Lula nega veto e Dilma e Serra reconhecem os direitos do Rio no pre-sal. Campanha ou não?

O Cabral perto do Lula parece o Lula perto do Chavez. Mansinhoooo e no fim se dá mal. Puxar saco de gente assim dá nisso.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Melhor site de novidades de varejo do Brasil @fredalecrim UaUgoMais.com.br se deleitem

McDonald's ficando verde na avenida das Americas toda. No Rio. Eu já tinha avisado que lá fora tava assim. Agora aqui.

Triste demais isso... The Pain in Spain ... And What It Means for Europe and Beyond - Knowledge@Wharton

li um artigo na internet que dizia: Definindo a estratégia correta. Existe isso? Acho que existe a da vez mais correta?

Essa é muitoooo boa... esconderijo pra perversão... People 'buy green products in public but luxury items online' - Telegraph

terça-feira, 16 de março de 2010

Cartão do Hemorio muito lindo

Papo de geração Y - Bruno filho da Mônica Pontalti - Você erra ...erra..erra, de repente vc acerta. Ai ...você aprende. Então... ninguém aprende com os erros . Só com os acertos!

O segredo para ter funcionários felizes - Matéria de Jay Goltz

O segredo para ter funcionários felizes - Matéria de Jay Goltz

Cerca de 10 anos atrás eu estava na minha festa anual dos feriados, e minha sobrinha tinha chegado com seu namorado recém-formado no MBA. Quando ele olhou ao redor da sala, ele observou que meus empregados pareciam felizes. Eu disse a ele que eu também achava que eles estavam.

Então, a fim de levar seu novo diploma para um test drive, eu  o perguntei como ele achava que eu fiz isso. "Tenho certeza de que você os trata bem", respondeu ele.

"Essa é metade da resposta," eu disse. "Você sabe qual é a outra metade?"

Ele não sabia a resposta, e nem muitas outras pessoas a quem  contei esta história. Então, qual é a resposta? Eu despedi as pessoas que estavam infelizes. Todos costumam rir neste momento. Eu queria que eu estivesse brincando.

Mas não estou. Eu aprendi do jeito mais demorado, difícil e frustrante que, como administrador, você não pode fazer todos felizes. Você pode tentar, você pode ouvir, você pode resolver alguns problemas, você pode tentar um pouco mais. A boa gestão exige treinamento, aconselhamento e paciência, mas chega um ponto em que você está roubando seu precioso tempo e energia do negócio.

Não me interpretem mal. Isso não acontece muito. Não há alegria no ato de demitir alguém. E não é sempre culpa do funcionário - há muitos chefes ruins por aí. Má gestão pode fazer um bom empregado se tornar um mau funcionário. Por outro lado, uma boa gestão nem sempre vai transformar um empregado disfuncional em um bom funcionário. E, às vezes, pessoas que seriam grandes funcionários em outro lugar, simplesmente não se encaixam a sua empresa, seja pelo tipo de negócio ou pela cultura da empresa.

No pior dos casos, um problema de desajuste pode ter um impacto maior do que o apenas o desempenho de um funcionário. Estar no comando não significa necessariamente que você está no controle, e estar no controle não significa, necessariamente, estar no comando. Você já viu uma empresa ou departamento paralisado por alguém que está infeliz e quer levar reféns? É notável quanto dano uma pessoa pode fazer. Se você ainda não viu, sugiro que você assistir "The Caine Mutiny." Basicamente, um indivíduo afunda o navio. Ele estava infeliz. E só precisou de um.

Esta é apenas a minha opinião. Eu não tenho um doutorado, um MBA, ou mesmo graduação em economia. O que eu tenho é uma empresa feliz. E isso me faz feliz. Agora eu sei que o argumento de algumas pessoas de que uma empresa tem que ganhar dinheiro, e nem todos tem de estar feliz, é também uma opinião. Toda pessoa tem direito à sua opinião. Quando você possui uma empresa, você também tem o direito de cercar-se com as pessoas que você escolhe.

Eu passei o último ano e meio, focando na redução de custos, em descobrir como o mercado mudou, e se preocupar com a economia. As coisas parecem estar melhorando, ou talvez eu apenas esteja me acostumando a elas.

De qualquer maneira, eu tive um bom dia hoje. Não é porque eu tenho um grande pedido, grandes relatórios financeiros ou mesmo um funcionário me parando para me dizer que chefe maravilhoso eu sou. (O que geralmente não acontece. Você tem que dizer a si mesmo. É uma coisa de patrão.) Eu tive um ótimo dia, porque eu passei a maior parte dele andando pela empresa e valorizando o fato de que, mesmo após um ano e meio de vendas fracas, cortes e folgas, eu tenho pessoas maravilhosas que trabalham para mim. Eles se importam. Eles estão empenhados. Eles entendem todo o tripé cliente-pessoal-empresa, onde todos os pés apóiam uns aos outros.

Se você costuma ler livros de grandes empresas, elas normalmente deixam de fora um pequeno segredo sujo. Isso não faz boas relações públicas - como falar sobre como você "capacita as pessoas" ou como seu "maior ativo" são seus funcionários. Todos esses bem desgastados clichês são verdadeiros. Mas o que também é verdade o quanto é difícil construir uma grande empresa com as pessoas erradas.

Quando você tem as pessoas certas, o negócio é muito mais fácil. Eu sei porque eu tentei as duas coisas.

Fonte: http://boss.blogs.nytimes.com/2010/03/09/the-secret-to-having-happy-employees/?hp

Acordar de manhã sem vontade de trabalhar é causa de infarto, câncer, úlcera, caspa, mau-humor.

Ou então não assistir o Fantástico domingo á noite. Dá vontade de se suicidar.

Quem quer ser feliz tem que fazer isso. Sair quando o lugar onde se trabalha tá insuportável.

Só que como a Geração Y mora com os pais eles mudam de emprego quando contrariados.

Todo mundo tem um pouco do lado não obediente da Ger Y dentro de si.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Um amigo meu me disse que a próxima era das marcas é a era do atendimento. Eu acredito nisso há décadas. Quem acredita está lucrando muito... acredite, leia

Gestão Estratégica de Atendimento

Somos a orquestra de um mundo em que os paradoxos são cada vez mais a batuta que nos conduz e que rege nossos movimentos. O maior paradoxo, o que confronta perecibilidade e sustentabilidade nos ameaça e dá esperança a cada minuto. A vida e a morte em oposição constante. Os homens vivendo cada vez mais e o mundo morrendo. Se por um lado a vida média possível do ser humano aumenta a cada ano, por outro, o tempo de vida previsto para o mundo se manter saudável diminui a cada nova estação. Se é que com essa maluquice de tempo ainda se pode falar de estação. O que tem regido nosso mundo tão perecível é a busca por sustentabilidade. Mas os paradoxos são muitos.



Os seres humanos buscam melhores relações, mas na prática as relações se tornam cada vez mais impessoais, competitivas e, no limite da luta pela sobrevivência, até destrutivas. As empresas não fogem à regra. Acionistas procuram meios de maximizar o resultado e deixam de cuidar ou valorizar o principal meio de gerar verdadeiros resultados – as pessoas – que são cada vez mais negligenciadas. As empresas querem que as pessoas obedeçam cada vez mais e as pessoas querem obedecer cada vez menos.

Querem ser cada vez mais elas mesmas, fazer o papel que elas vieram ao mundo para fazer. E não o que quem convive com elas deseja que elas sejam. Somos regidos por uma ou mais batutas então? Parece que "as batutas" descreve melhor o que vem acontecendo nas nossas vidas. Várias. Não uma ou duas. Cada uma apontando para uma direção. Cada uma num ritmo diferente.

Se pensamos em construção de marcas que queremos que durem e sejam sempre valorizadas as coisas andam pelos mesmos caminhos. O que é mais perecível na vida das marcas e das pessoas se relacionam com tais marcas? Pode ter certeza, duas entidades: pessoas comprometidas com as empresas e Clientes que permanecem comprando de uma marca por muito tempo. Estes são os elementos mais perecíveis no lado comercial do mundo em que vivemos. Além de perecíveis, em estado progressivo de extinção. As empresas – que são de fato as agentes de construção das marcas – deveriam repensar o que e como vêm exercendo suas estratégias e táticas para ter esperança de que o que fazem vai durar e ter valor para quem se relaciona com ela. Duas funções das empresas deveriam realizar uma mudança conceitual e de comportamento: marketing e recursos humanos.

Em marketing primeiro. Ainda há muitas marcas que pensam assim: se eu vendo, para que ficar pensando no Cliente após a venda? Muitos mercados ainda estão na fase em que vender é o principal foco. Atrair o Cliente seja como for é tudo. Mas isso vai mudar, aliás, já está mudando embora alguns mercados ainda não tenham percebido. Depois de evoluções quânticas do conceito de marketing, de fabricar para vender, de vender para comunicar, de massa para um a um, do um a um para o social, viral, bacterial e tudo o que se puder inventar, fica cada vez mais claro o que se quer com esse papo de "branding", ou em português mais claro, construir marcas. O bem universal de qualquer marca que quer valer muito é Cliente que não quer parar de comprar a marca. Toda marca competente faz tudo o que faz no dia-a-dia para conquistar Cliente que prefere a marca, mas não para aí.

Marcas competentes querem Cliente que compra pagando o que a marca vale, recompra, recomenda e elogia. Essa preferência duradoura, ou sustentável como está na moda, se constrói a partir de muito trabalho. Trabalho focado, inovador e, principalmente, integrado.

Marcas que conseguem muitos desses Clientes diminuem o "churn" – Clientes que mudam de marca – e aumentam o "arpu" – average revenue per user – receita média por usuário. A indústria de telecomunicação mede o tempo todo esses dois indicadores. Outras indústrias têm a sua maneira de medir ou de denominar. Mas o que importa é isso: Clientes lucrativos, duradouros e que gerem boca-a-boca. Se prestarmos atenção no que acontece no mercado vemos que quem está vendendo muito está se lixando para essa coisa de Cliente sustentável.

É só olhar quem faz muita propaganda em televisão – ainda! Bancos, empresas de telecomunicação, lojas de eletro-eletrônico, supermercados, marcas de cerveja. Todas vendendo muito. Não porque o Cliente resolveu que tem que comprar, mas porque, os valores de reconhecimento no mundo os fazem compulsivamente comprar. Dá para não usar banco? Não ter eletro-eletrônico novo em casa ou carro novo na rua? Não ter celular? Não comprar num supermercado? Tomar aquela cerveja gelada? Mas o foco em ter Clientes cada vez mais lucrativos e duradouros já está começando a permear organizações antes refratárias e céticas ao valor que têm a busca por Clientes sustentáveis – é assim que vamos chamar essa categoria daqui em diante.

O dilema que surge então é: o que faz um Cliente que já compra da marca não querer deixar de pagar o que uma marca vale por muito tempo? Claro, muita coisa. O Cliente valoriza propaganda e promoção da marca, produto que ninguém tem com preço e condição de pagamento viáveis, garantias corajosas.

Isso ajuda o Cliente a se apegar ou afiliar a uma marca. Mas para o Cliente querer ficar com a marca e pagar mais por ela o que é mais importante é o momento da verdade, o ponto de contato. O Cliente valoriza mais o momento da venda, o quanto esse ponto de venda é conveniente e diferente, o momento da entrega dos produtos e serviços e a competência do pessoal que o atende, mais que qualquer item do parágrafo anterior.
Se partirmos do princípio de que cada um de nós compra mais de quem nos atende melhor e não de quem tem um arsenal de ofertas e processos de vendas, chegamos à principal conclusão da vida das empresas que não querem se tornar perecíveis: atendimento é o fator-chave de fazer o Cliente entrar em alto grau de satisfação. E continuar comprando a marca. Sem atendimento competente, uma marca pode ter todo o resto, mas o Cliente simplesmente a veta porque o que ele projetou para a marca durante todo o tempo de convivência com ela não se realizou em um dos momentos da verdade. Em um dos pontos de contato.

Atenção que ninguém consegue negar a importância dos outros fatores. Mas atendimento é o mais íntimo deles, o único que fala com o coração do Cliente. O número que faz marcas começarem a se preocupar com atendimento é que 70% das perdas de Clientes se devem a atendimento. 21 à falta de atendimento e 49% a atendimento incompetente. Os outros 30% se devem a busca por preço menor ou produtos melhores.

Vale a pena então parar para pensar. Por que na minha empresa não se dedica tempo algum para discutir atendimento estrategicamente? Por que achamos que atendimento se resume a fazer treinamentos para o pessoal que está lá na ponta em contato com o Cliente e pronto?

Por que não incluímos nas prioridades de quem constrói a marca na matriz cuidar para que o atendimento seja preparado desde a concepção dos produtos e serviços que disponibilizamos para o mercado? Afinal, tudo o que fazemos na marca é um castelo de areia que um atendimento inadequado destrói mais rapidamente do que imaginamos.

Afinal, a entrega do que prometemos na propaganda, nas garantias, nos produtos e serviços se consolida – ou não – com a sinapse final do atendimento.

Então vamos mudar a agenda. Vamos incluir atendimento como estratégia da nossa marca? E vamos começar a fazer gestão estratégica de atendimento? Ou vamos continuar a perder Clientes, ou na melhor das hipóteses fazer planos de retenção para que os Clientes, aproveitadores dos descontos que marcas fracas dão para eles, continuem com a tal marca, mas fiquem por aí se gabando de quanto ganharam para continuar falando mal dela, mesmo continuando reféns?

Aí vem a função RH das empresas. Para atingir os objetivos do novo marketing elas têm que repensar o jeito com que elas tratam as pessoas. Marcas competentes, que querem fazer isso precisam repensar nas suas estruturas e nas coisas que são feitas dentro das empresas. Se antes o que acontecia se assemelhava ao exército, hoje não é muito diferente. Sargentos inseguros tentando controlar pessoas que não querem ser vistas como tropas. E os próprios comandantes entrincheirados por acionistas e funcionários sem saber exatamente que caminho tomar. É disto que o nosso livro vai falar. Gestão Estratégica de Atendimento: como as empresas devem tratar e liderar as pessoas para que elas construam ambientes que se tornem marcas que o Cliente nunca queira abandonar.
Precisa de ajuda? www.pdr.com.br

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domingo, 7 de março de 2010

[Con] trate bem quem atende, eles vão ser o grande diferencial da sua marca - saiba como no GPV - Gestão Prática de Varejo da FGV e PR

Marcas com GAS sabem que Gostar de Aprender e Servir inspira Clientes a pagar mais por ela. Aprenda a fazer no GPV - Gestão Prática do Varejo

Genial! Anúncio de emprego Geração Y para Geração Y - Niramekko é a empresa dos meus filhos e eles mandaram muito bem nessa

Até o Gente Boa d'O Globo notou e deu uma nota...

Veja o original...

http://www.nalabuta.com/vagas/573 Muito genial...

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Quer elogiar alguém? De um jeito muito especial? Use o Twitter - Elogio. Um carinho da Ponto de Referência para quem sabe cuidar de quem gosta.

Ideia muito criativa do McDonald's - Sorvete de Milkshake de Ovomaltine do Bob's com pedaços de chocolate

sábado, 6 de março de 2010

A TAM! Um lixo. Cada vez mais. Serviço pobre. Tarifas nobres. Revoltante.

Desci agora de Curitiba. Fora do finger e na chuva. Tapete vermelho? Sim. Guarda-chuva? Nem pensar. Chuva da escada ao ônibus que nem estava tão perto do avião. Uma família com crianças padeceu mais do que eu. Quando esses caras vão voltar a honrar a memória do Rolim?
Acho que nunca mais. Ladeira abaixo total. Em trânsito

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Tenho falado há um tempão. Tem mais coisas no Rio que carnaval e praia. Moda jovem pegou a ponte aérea.